quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL


Comemora-se hoje o bicentenário da primeira edição dos contos dos irmãos Grimm.




Hoje, 20 de dezembro, comemora-se o bicentenário da publicação dos contos dos famosos Irmãos Grimm; poucos, no entanto, sabem que eles eram linguistas e usaram as narrativas vindas da tradição oral para pesquisar a história da língua alemã....
Este sem dúvida foi o princípio de muitas coisas ...entre elas a consolidação do ofício de narrar histórias...dia de celebração :)
Na imagem os livros publicados pela Editora Temas e Debates (Círculo de Leitores), sob a coordenação científica de Francisco Vaz da Silva. Uma primeira edição integral em língua portuguesa, sob o título "Contos da Infância e do Lar", traduzida por Teresa Aica Bairos. 





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

BULLYING...

Bullying... Uma grande lição

Uma professora de Nova York quis ensinar à sua turma os efeitos do Bullying.

Pediu-lhes para seguirem as seguintes instruções. Deu a todos os alunos uma folha de

papel e disse-lhes para a amachucarem, e para a deitarem para o chão e pisarem.

Resumindo, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasgá-la. As crianças estavam

entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amachucarem a folha, tanto quanto possível...


A seguir a professora pediu-lhes para apanhar a folha e abri-la novamente com cuidado,

para não a rasgarem. Deviam endireitar a folha com máximo cuidado possível. A senhora 

chamou-lhes a atenção para observarem como a sua folha estava suja e cheia de marcas. 

Depois pediu às crianças para que pedissem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o 

endireitavam. Eles mostravam assim o seu arrependimento e passavam as mãos para alisar 

o papel, mas este não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados.

A professora pediu para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-

lhes a atenção para o facto de que estas marcas NUNCA mais iriam desaparecer, mesmo 

que tentassem repará-las. “É isto que acontece com as crianças que são “gozadas” por 

outras crianças”, afirmou a professora.

Podes pedir desculpa, podes tentar mostrar o teu arrependimento, mas as marcas, essas 

ficam para sempre. Idosos com 80 anos ainda conseguem lembrar-se com mágoa o quanto 

foram gozados na escola primária e/ou secundária.

Os vincos e marcas no papel não desapareceram, mas no rosto das crianças podia perceber-

se que a mensagem da professora fora recebida.

Se és CONTRA Bullying, copia esta mensagem e partilha.

Bullying estraga mais do que nós podemos imaginar!!!






NASCIMENTO DE JESUS

sábado, 8 de dezembro de 2012

Florbela Espanca, 08.12.1894 - 08.12.1930






O dia 8 de dezembro deve ser assinalado duas vezes, quando recordamos FLORBELA ESPANCA: nasceu a 8 de dezembro de 1894 e suicidou-se a 8 de dezembro de 1930. Flor Bela de Alma da Conceição Espanca foi uma das maiores poetisas da língua portuguesa - "Ser poeta é ser mais alto..."





"Alma demais para viver,

Alegria do meu peito.


Ai tanto sonho perdido,


Ai tanto sonho desfeito!"


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PAPINIANO CARLOS (9 novembro 1918 - 5 dezembro 2012)




Morreu Papiniano Carlos, o autor de A Menina Gotinha de Água



O escritor Papiniano Carlos, um dos últimos representantes do neo-realismo português, morreu hoje, no Porto, informou, em comunicado, a Direcção da Organização Regional do Norte do Partido Comunista Português.

O poeta, autor de Sonhar a Terra Livre e Insubmissa, que somava mais de 60 anos de militância comunista, contava 94 anos.
Papiniano Manuel Carlos Vasconcelos Rodrigues nasceu em Lourenço Marques, actual Maputo, Moçambique, a 9 de Novembro de 1918, fixando-se no Porto, aos 10 anos, onde estudou.
Publicou o primeiro livro de poesia em 1942, Esboço, quatro anos antes deTerra com Sede, a sua estreia na ficção, e de Estrada Nova, com capa de Júlio Pomar, obra que seria apreendida pela PIDE, a polícia política da ditadura.
A adesão do escritor ao PCP remonta ao final da década de 1940, no pós-guerra, actuando na clandestinidade com o nome "Garcia", numa alusão ao poeta andaluz Federico Garcia Lorca.
Na mesma altura, depois de ter frequentado a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, dedicou-se ao ensino, que teve de abandonar, por se ter recusado a subscrever a “declaração anticomunista”, imposta pelo regime aos funcionários.
Deu explicações e foi delegado de propaganda médica. O escritor português foi preso três vezes pela PIDE.
Com Egito Gonçalves, Luís Veiga Leitão, António Rebordão Navarro e Daniel Filipe, dirigiu Notícias de Bloqueio, série de “fascículos de poesia”, publicados no Porto entre 1957 e 1961, designação da revista retirada do título de um poema de Egito Gonçalves.
Colaborou nas revistas Seara Nova Vértice e integrou os corpos dirigentes do Círculo de Cultura Teatral do Teatro Experimental do Porto.
A Menina Gotinha de Água, para a infância, que viria a marcar o ressurgimento do género, a par das obras de Matilde Rosa Araújo, foi editada na década de 1960 e constitui um dos seus maiores êxitos editoriais.
Entre outros livros, Papiniano Carlos escreveu Mãe Terra (1948), As Florestas e os VentosA Rosa Nocturna (1961), A Ave sobre a Cidade(1973), O Rio na Treva (1975).
Na literatura infantil assinou ainda O Grande Lagarto da Pedra Azul A Viagem de Alexandra.
Em 1998, publicou A Memória com Passaporte: Um tal Perafita na ‘Casa del Campo’ - Relato de um prisioneiro na PIDE do Porto em 1937.
Papiniano Carlos está representado na Antologia da Novíssima Poesia PortuguesaNueva Poesia Portuguesa e em La Poésie Ibérique de Combat, entre outras recolhas.
Luís Cília e Fernando Lopes-Graça compuseram canções sobre poemas do escritor.
O corpo de Papiniano Carlos encontra-se em câmara-ardente no Cemitério de Pedrouços (Maia), onde será enterrado quinta-feira, às 15h.



Deixou-nos ontem ...

As meninas gotinhas de água não pararam de o chorar. É um poeta com alma de gaivota que partiu para uma última grande viagem. (Ana Margarida Ramos)

“Quantas vezes já viajei 

à roda do mundo? Cinco? 

 Sete?  

Sim, foram sete! 

Fascinante vida 

Fascinante aventura! 

Agora estou velha

e doente. 


No topo deste guindaste 

na Ribeira 

contemplo 

quem sabe pela última 

vez 

a Ponte de D. Luís 

e o Mosteiro da Serra 

do Pilar. 


Será este o meu último 

sono? O sono da morte?” 


Depois 

quando acordou 

ei-la voando 

veloz sobre a Meia Laranja 

a Cantareira e a Foz. 

Ia em busca 

do Grande-Mar-Oceano 

para enfim descansar"

(Papiniano Carlos) 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Unidos pela sugestão matemática, que o título também cristaliza, os poemas que João Pedro Mésseder agrupa nesta colectânea brincam com os números, as operações matemáticas e a herança tradicional, recriando, com a originalidade e a criatividade que o caracteriza, formas e fórmulas da literatura oral. As rimas infantis, os trava-línguas e os jogos de palavras servem de ponto de partida para a construção de textos onde a linguagem e as suas inúmeras possibilidades (visuais/gráficas, sonoras, melódicas, semânticas) são exploradas com humor e com a exigência a que nos habituou. Ora adicionando elementos, ora promovendo subtracções, multiplicações e divisões, os textos brincam com as operações matemáticas e também com temas como os animais, os jogos infantis, a família, a Natureza e o calendário, sem esquecer a influência de uma certa nonsensicalidade que também sublinha a dimensão humorística da edição. As ilustrações propõem leituras complementares, mais ou menos próximas do texto, recriando os elementos-chave dos mesmos. Destaque-se, como elemento mais relevante, a sugestão de movimentos e dinâmicas que caracterizam os próprios textos.
| Ana Margarida Ramos


terça-feira, 20 de novembro de 2012


O Ípsilon despede-se de Manuel António Pina num caderno destacável onde se mostra o poeta como só os amigos mais chegados o conheceram. Alguns deles colaboram nestas páginas: o encenador João Luiz recorda a sua escrita teatral, o ficcionista Álvaro Magalhães fala da literatura infantil, o filósofo Sousa Dias evoca o cronista, e a ensaísta Rosa Maria Martelo, membro do júri que lhe deu o prémio Camões, entra na poesia de Pina usando como chave o filme A Sombra do Caçador. Bárbara Assis Pacheco desenhou a capa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

António Aleixo (18/2/1899 - 16/11/1949)



Porque o Povo Diz Verdades 

Porque o povo diz verdades, 
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.
Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.

Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.

Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que, se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.

Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira
Que há entre o céu e o inferno.

web site da imagem: almalusitana.net

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Lenda de São Martinho

OS "RANKINGS" DAS ESCOLAS



Por Maria Filomena Mónica 

OS JORNAIS publicaram recentemente as listas de rankings, ou seja, a ordenação das escolas segundo as notas obtidas pelos estudantes. À cabeça, surgem as privadas, o que nos pode levar a pensar que os seus docentes são melhores do que os das públicas. Erro: o êxito académico não depende apenas do que se passa dentro das instituições, mas de uma multiplicidade de factores, de que a origem social, associada à localização, é um dos mais importantes. Basta lembrar que, por hora, os filhos dos ricos são expostos a mais 1.500 palavras do que os dos pobres, o que leva a que, aos 4 anos, exista já uma diferença, a favor dos primeiros, de cerca de 32 milhões de palavras.
Uma vez que as públicas têm de cobrir o território nacional, as do interior exibem elevadas taxas de insucesso. A secundária de Portalegre não conseguiu uma única média positiva; na da Guarda, três das cinco melhores escolas não conseguiram atingir os 10 valores; na freguesia de Rabo de Peixe, na ilha de S. Miguel, verificaram-se, no exame do 9.º ano, as piores classificações do país. O Presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares lembrava que, em vez de se concentrarem no lugar nos rankings, os docentes se deviam preocupar antes com «a mais valia» que as escolas traziam aos alunos, após o que, com razão, salientava que nada é uma fatalidade, ou seja, que mesmo os alunos desfavorecidos podiam alcançar bons resultados. Era esse o caso das Escola Básicas de Rio Caldo (Braga), Dr. Manuel Magro Machado (Portalegre) e Couço (Santarém) que, nos exames de Matemática e de Português do 9ª ano tinham subido mais de mil lugares.
Felizmente, as leis sociológicas não são férreas. Não foi em Lisboa que as melhores notas foram obtidas. No universo das públicas, destacaram-se a B+S de Vila Cova (Barcelos), com a média mais alta do país em Matemática A (142,55) e a Secundária da Gadanha da Nazaré, com a mais elevada nota em Geometria Descritiva (178,25). Curiosamente, provando que as pessoas são mais importantes do que os edifícios, o Liceu Passos Manuel cujo restauro, no âmbito da Parque Escolar, exigiu ao Estado 26 milhões de euros, ficou em 481.º lugar, com uma média de 7,8 valores, o que o coloca entre os dez piores. É sabido que o grupo social que mais importância dá à educação é a classe média. Não me espanta assim que a melhor escola secundária de Lisboa tenha sido a José Gomes Ferreira, em Benfica, cujos pais têm uma participação nas reuniões na ordem dos 70 a 80 %.
Portugal teve de fazer um grande esforço depois de 1974. Nem tudo correu bem, mas o país conseguiu escolarizar a maior parte dos jovens, facto que levou a que as escolas sejam hoje muito diferentes das que existiam na minha adolescência, quando, ao terminar a primária, apenas 2 em cada 10 alunos continuava a estudar. Para muitos, a escola contemporânea representa um mundo radicalmente novo. É por isso que o difícil não é ensinar filhos de privilegiados mas sim jovens que, em casa, nunca viram os pais abrir um livro. 

«Expresso» de 27 Out 12

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Histórias de Pontuar


Histórias de Pontuar: um livro infantil em que os sinais de pontuação são os protagonistas.

O que acontece quando uma vírgula chamada Virgulina, dois parênteses prestáveis e, entre outros, um ponto de exclamação exaltado organizam uma reunião clandestina na Biblioteca Nacional? Suzana Ramos conta tudo e Marta Neto ilustra no livro infantil «Histórias de Pontuar»:


http://issuu.com/dinalivro/docs/pontuar

terça-feira, 30 de outubro de 2012

HALLOWEEN




A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim doverão (samhain significa literalmente "fim do verão").

In Wikipédia

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

OS CIGANOS - Pedro Sousa Tavares





“Os Ciganos” é um livro escrito a 4 mãos por avó e 

neto, em dois momentos separados por quase 50 

anos. Autoria de Sophia de Mello Breyner e Pedro

Sousa Tavares. Ilustrações de Danuta 

Wojciechowska. 

«Houve uma preocupação, do ponto

de vista do estilo, de respeitar o que era um pilar da 

escrita da Sophia de Mello Breyner, que era a 

simplicidade, e a simplicidade que não é nada simples, 

não é?, uma simplicidade que é muito trabalhada, que 

é a capacidade de cada palavra ter o seu lugar, não 

estar ali a mais...» 

Pedro Sousa Tavares In Diário Câmara Clara

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Morreu Manuel António Pina, Prémio Camões 2011


Morreu o escritor Manuel António Pina

Publicado às 17.05

AGOSTINHO SANTOS 
In Jornal de notícias



Morreu esta sexta-feira à tarde, no Porto, o escritor e jornalista Manuel António Pina. Galardoado em 2011 com o Prémio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa, Manuel António Pina tem uma vasta obra de poesia e literatura infantil, sendo também autor de inúmeras peças de teatro e de livros de ficção e de crónica. O corpo do escritor estará em câmara ardente a partir do final da tarde de amanhã na Igreja do Foco.

Manuel António Pina, jornalista, poeta e escritor tinha 68 anos, nasceu no Sabugal, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Vivia no Porto e foi jornalista do "Jornal de Notícias" durante três décadas, sendo repórter, redator, editor e chefe de Redação, mantendo até há poucos meses, na última página do JN, a crónica "Por outras palavras" e foi ainda cronista da "Notícias Magazine".

Foi galardoado em 2011 com o importante Prémio Camões, e a sua vasta obra é fundamentalmente constituída por poesia e literatura infantil, sendo também autor de inúmeras peças de teatro e de livros de ficção e de crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e televisão e editadas também em disco.

Na área da literatura, destacam-se os livros "O país das pessoas de pernas para o ar", "O têpluquê", "Gigões & anantes", "História com reis, rainhas, bobos, bombeiros e galinhas", e "O tesouro", enquanto que na poesia, sobressaem os títulos "Nenhum sítio", "Um sítio onde pousar a cabeça", "Cuidados intensivos", "Nenhuma palavra, nenhuma lembrança", "Os livros" e "Como se desenha uma casa" .

Prémio Camões que lhe foi atribuído em 2011, Manuel António Pina foi distinguido ao longo da sua longa carreira literária e jornalística com inúmeros prémios, nomeadamente o Prémio de Poesia da Casa da Imprensa (1978) ; Prémio Gulbenkian (1987); Prémio Nacional de Crónica Press Club/ Clube de Jornalistas (1993); Prémio da Crítica, da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários" (2002); Prémio de poesia Luís Miguel Nava (2003) e Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT (2005).A sua obra está traduzida em França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.

Numa das suas últimas entrevistas que concedeu ao JN e questionado concretamente sobre as múltiplas homenagens de que tinha sido alvo, nos últimos tempos, Manuel António Pina disse reagir " Com desconforto e com gratidão. Também sou leitor, embora bissexto, daquilo que designa por minha "obra" e, sem pretender representar a rábula da modéstia, sou lúcido q.b. em relação a ela para aceitar iniciativas do género sem cepticismo".

Nessa mesma entrevista e pronunciando-se especificamente sobre situação de crise que o país vive, afirmou o seguinte: " Diz-se que os povos felizes não têm história. Não é fácil (nem bonito) dizê-lo, mas às vezes, a infelicidade de um povo é a felicidade dessa espécie de historiadores do presente que os cronistas (sobretudo aqueles que, como eu, praticam sobretudo a crónica como género jornalístico e não literário) são".

LITERATURA INFANTO-JUVENIL