quarta-feira, 29 de maio de 2013

"O Jantar dos Animais" - Luísa Ducla Soares / Daniel Completo





Sexta-feira, dia 31/05, apresentação do novo trabalho de Daniel Completo e Luísa Ducla Soares com a participação de José Fanha, na Praça da Alegria, durante a manhã.


http://youtu.be/GafIJcDzDkA

Mia Couto "Não se escreve para crianças"



 … disse o autor a propósito deste livro (edição de 2009): “Não se escreve para crianças. Teremos, apenas, idade para viver em história. Encantados, como os personagens deste livrinho. Deste modo, estaremos aptos a ser beijados pelas palavras.”
In Letra pequena -  foi recuperar esta informação aqui, depois do anúncio de queMia Couto tinha sido distinguido com o Prémio Camões. Leia a notícia noPúblico.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Mia Couto é o vencedor do Prémio Camões 2013

Mia Couto é o vencedor do Prémio Camões 2013

Prémio, que tem o valor de 100 mil euros, foi anunciado ao princípio da noite desta segunda-feira no Rio de Janeiro.


O vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o biólogo e escritor moçambicano autor de livros como Raiz de OrvalhoTerra Sonâmbula A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991.
A escolha foi decidida por um júri, que reuniu durante a tarde desta segunda-feira no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional, e de que fizeram parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989) e o escritor e jornalista (director do Jornal de Letras) José Carlos Vasconcelos. E também os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.
Nascido em 1955, na Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo). Integrou, na sua juventude, o movimento pela independência de Moçambique do colonialismo português. A seguir à independência, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompe os estudos e vira-se para o jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna,Tempo e Notícias, e também a Agência de Informação de Moçambique (AIM), de que foi director.
Em meados da década de 1980, regressa à Universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.
"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.
Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impôr o seu estilo muito próprio.
“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”
Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), ou O Outro Pé da Sereia (2006). A propósito dos seus últimos livros, A Confissão da Leoa (2012), mas particularmenteJesusalém (2009), o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem.
Paralelamente aos romances, Mia Couto continuou a escrever e a editar crónicas e poesia – “Eu sou da poesia”, justificou, numa referência às suas origens literárias.
Na sua carreira, foi também acumulando distinções, como os Prémios Vergílio Ferreira (1999, pelo conjunto da obra), Mário António/Fundação Gulbenkian (2001), União Latina de Literaturas Românicas (2007) ou Eduardo Lourenço (2012).
Nas anteriores 24 edições do Prémio Camões, Portugal e Brasil foram distinguidos por dez vezes cada, a última das quais, respectivamente, nas figuras de Manuel António Pina (2011) e de Dalton Trevisan (2012). Angola teve, até ao momento, dois escritores citados: Pepetela, em 1997, e José Luandino Vieira, que, em 2006, recusou o prémio. De Moçambique, fora já premiado José Craveirinha (1991) e, de Cabo Verde, Arménio Vieira (2009).
Criado por Portugal e pelo Brasil em 1989, e actualmente com o valor monetário de cem mil euros, este é o principal prémio destinado à literatura em língua portuguesa e consagra anualmente um autor que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum.

V Encontro Internacional de reflexão sobre a Escrita - Protextos Um Projeto para o Ensino, Formação e Aprendizagem da Produção Textual

O Departamento de Educação (DE) da Universidade de Aveiro recebe o V Encontro Internacional de Reflexão sobre a Escrita - Protextos: um Projeto para o Ensino, Formação e Aprendizagem da Produção Textual, acreditado como “Curso de Formação”, 25 horas/1 crédito. Realizado no âmbito do projeto "Protextos - Ensino da Produção de Textos no Ensino Básico", este evento decorre nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2013.


Este encontro constitui oferta formativa de relevo para professores de diferentes disciplinas/grupos (110, 200, 210, 220, 230, 300, 310, 320, 330, 340, 350, 400, 410 e 420), formadores, investigadores, estudantes de licenciaturas em ensino e de pós-graduação. 
O evento decorre no âmbito do projeto "Protextos - Ensino da Produção de Textos no Ensino Básico", um projecto do Centro de Investigação em Ditática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF).
Objetivos
- Discutir resultados da investigação do projeto “Protextos” sobre práticas de (ensino e aprendizagem da) escrita;
- Disseminar materiais didáticos produzidos pela equipa do Projeto “Protextos” no contexto do ensino de vários géneros de texto;
- Dar a conhecer diferentes perspetivas de problematizar o ensino e a aprendizagem da escrita;
- Promover a criação e estreitamento de redes de colaboração entre a UA e outras instituições de ensino/investigação.
Inscrições
Até dia 14 de junho de 2013
Preço
Até 31 de maio: 15€. A partir de 1 junho: 20€.
Estudantes de Licenciatura e Mestrado Profissionalizante da UA: 5€
Mais informações no website do evento em: http://cms.ua.pt/protextos/